Esta obra traz o tempero nordestino em sua feitura. O autor misturou
um punhado de tradição popular e mais uma mão cheia de
religiosidade, dosando características típicas de uma saga
cordelista com gotas de barroco católico. A dica é saborear o livro
no almoço, se possível com a família reunida para garantir barriga
cheia e felicidade em larga escala, pois Ariano Suassuna pesou na mão
na hora de colocar humor na mistura.
Num cenário de mistura cultural, encontra-se esta iguaria que deve
ser apreciada num final de semana, é uma obra densa temperada com
condimentos indígenas e especiarias trazidas pelos portugueses.
Deve-se ingerir por partes, com calma, saboreando as paixões. À
primeira prova é possível sentir o gosto forte de emoção. O chef
cearense José de Alencar carregou no espírito patriota e cozinha o
leitor numa narrativa cheia de aventuras.
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